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domingo, 22 de julho de 2012

Lideranças participam de Chá de Museu na quadra do Acadêmicos da Rocinha, na Rua 1.


O evento que tem como finalidade apresentar a ideia de se fazer o Museu da Rocinha Sankofa Memória e História, aconteceu no sábado, 17/03, desta vez na Rua 1, na quadra do Acadêmicos. Estavam presentes os atores culturais da Rocinha, além de lideranças comunitárias.
Em cavaletes estavam expostas fatos, matérias que saíram de jornal, artigos e qualquer objeto que possa contar um pouco da história da Rocinha. A entrada era liberada para quem quisesse saber um pouco mais sobre as histórias da Rocinha.
O nome Sankofa tem um significado complexo, que diz muito da proposta do que os participantes do movimento acham do que deve ser esse museu. É um nome de origem africana, da Costa do Marfim e de Gana, representa um pássaro que tem a cabeça voltada para trás e os pés para frente. Que significa se você quer construir um futuro presente e mais organizado você tem que olhar o seu passado.
– Não é negar o passado que você vai construir um bom presente. A proposta do museu é nessa linha, se a gente quer contribuir com algo a mais para a comunidade a gente precisa refletir sobre esse passado ­ – afirma Firmino .
Segundo Firmino a ideia não é somente é importante para a comunidade, mas também para a sociedade do Rio de janeiro. Segundo ele não é negando o passado que vamos construir nossa história. Firmino explica que a história oficial já faz isso com a gente, nega a história do índio e do africano.
– A proposta é ser um espaço de contestação e responder algumas questões como, porque a Rocinha existes? Como contextualiza com o passado e apontar o presente fazendo as pessoas refletir? –diz.
Os integrantes do movimento pró-museu são: Firmino, Ronaldo, Maria Helena, Fernando Ermiro, Claudia do Instituto Reação, Rose e José Martins. As atividades da proposta do museu começou em 2005 e já há uma série de documentos que foram encontrados.


fonte: http://faveladarocinha.com
foto: Flávio Carvalho

Museu Sankofa participa do encontro dos Pontos de Memória em Brasília.


Carta define diretrizes para Política de Direito à Memória
O programa Pontos de Memória divulga nos próximos dias o texto final de documento com estratégias de articulação em rede voltadas para a construção e de uma política pública de Direito à Memória.
A carta, que está sendo finalizada, é resultado de encontro realizado na semana passada, na sede do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC) em Brasília (DF), entre 32 representantes e articuladores de Pontos de Memória e Museus Comunitários das cinco regiões do Brasil.
Autonomia, descentralização, diversidade e cooperação foram os princípios norteadores da carta, que apresenta 15 princípios, 18 propostas e 13 itens de agenda voltados para a articulação de redes, fomento, financiamento e sustentabilidade, qualificação e inventário participativo. 
Entre as propostas apresentadas, destacam-se a capacitação de agentes comunitários de memória para a realização de inventários participativos; a criação de uma plataforma virtual colaborativa para reunir e difundir dados sobre as ações desenvolvidas nos estados; e a inserção de conteúdos relacionados a território, memória e patrimônio nos currículos escolares das redes públicas de educação.
O documento, que em breve estará disponível para consulta no site do Ibram, será referendado na 4ª Teia da Memória, que acontece ainda este ano.